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Sistema de drenagem garante produtividade no Planalto Norte
Drenagem fez solo baixar 150 centímetros
PORTO UNIÃO ? Na localidade de Lança, no município de Porto União, o produtor Orlando Vorel utiliza há mais de dez anos o sistema de torpedo para drenagem de áreas de lavouras planas. O problema dessas áreas é a umidade e o alagamento das mesmas. Orlando, em sociedade com o irmão Aparício, tem 150 hectares destinados para lavoura e toda essa extensão é plana. Por isso, o produtor sempre precisou buscar soluções para a drenagem, já que a maior parte é banhada.
Antigamente, valetas abertas ao longo da área faziam a drenagem. O produtor decidiu-se pelo sistema de torpedo para realizar a secagem do terreno. ?O sistema tem se mostrado eficiente?, garante Vorel.
O torpedo consiste em uma peça de ferro, no estilo de uma garrafa, acoplada ao trator através de uma barra de ferro. Ao invés de várias valetas, foi mantida uma vala central para identificação dos fluxos de água. Descoberto um fluxo, o produtor passa o torpedo exatamente naquele local, abrindo um pequeno sulco subterrâneo, suficiente para o escoamento da água. ?Sem enxugar o terreno não tem como fazer lavoura. É uma forma de drenagem que para a lavoura funciona muito bem?, afirma o produtor.
Desde que Vorel começou a utilizar o sistema, o terreno, baixou em torno de 1,5 metro. ?Se não houver escoamento da água, a planta não cresce?.
O agricultor utiliza o sistema de rotação de cultura. No terreno, Vorel obtém uma produtividade média de 160 sacas de milho e 60 sacas de soja por hectare. As variedades de soja que mais se adequaram à área foram Coodetec 206 e Br 34. Já para o milho, o produtor utilizou melhor a variedade 320.
Conforme o engenheiro agrônomo da Alfa, Irineu Froehner Jr., a sistematização das áreas de várzea permitiu o aumento de áreas cultiváveis, incrementando não somente a produtividade, mas o nível tecnológico da agricultura regional.
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